Decreto Executivo 3702/2021

Tipo: Decreto Executivo
Ano: 2021
Data da Publicação: 09/08/2021

EMENTA

  • ESTABELECE A MODALIDADE DE PREGÃO, NA FORMA ELETRÔNICA, PARA AQUISIÇÃO DE BENS E A CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS COMUNS, INCLUÍDOS OS SERVIÇOS COMUNS DE ENGENHARIA, DISPONDO TAMBÉM SOBRE O USO DA DISPENSA ELETRÔNICA, MEDIANTE A UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO.

Integra da Norma

DECRETO N.º 3702/2021

 

ESTABELECE A MODALIDADE DE PREGÃO, NA FORMA ELETRÔNICA, PARA AQUISIÇÃO DE BENS E A CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS COMUNS, INCLUÍDOS OS SERVIÇOS COMUNS DE ENGENHARIA, DISPONDO TAMBÉM SOBRE O USO DA DISPENSA ELETRÔNICA, MEDIANTE A UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO.

 

 

MOACIR MOTTIN, PREFEITO MUNICIPAL DE OURO VERDE, ESTADO DE SANTA CATARINA, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II, do Art. 30 da Constituição Federal e tendo em vista o disposto na Lei Federal nº 10.520, de 17 de julho de 2002,

 

DECRETA:

 

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

 

OBJETO E ÂMBITO DE APLICAÇÃO

 

Art. 1º. Este Decreto regulamenta a licitação, na modalidade de pregão, na forma eletrônica, para a aquisição de bens e a contratação de serviços comuns, incluídos os serviços comuns de engenharia, e dispõe sobre o uso da dispensa eletrônica, no âmbito da administração pública municipal.

 

§ 1º – para a aquisição de bens e a contratação de serviços comuns, com a utilização de recursos da União decorrentes de transferências voluntárias, tais como convênios e contratos de repasse, a utilização da modalidade de pregão, na forma eletrônica, ou da dispensa eletrônica será obrigatória, exceto nos casos em que a lei ou a regulamentação específica que dispuser sobre a modalidade de transferência discipline de forma diversa as contratações com os recursos das transferências.

 

§ 2º – poderá ser admitida, excepcionalmente, mediante prévia justificativa da autoridade competente, a utilização da forma de pregão presencial nas licitações de que trata o § 1º ou a não adoção do sistema de dispensa eletrônica, desde que fique comprovada a inviabilidade técnica ou a desvantagem para a administração na realização da forma eletrônica.

 

PRINCÍPIOS

 

Art. 2º. O pregão, na forma eletrônica, é condicionado aos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, do desenvolvimento sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo, da razoabilidade, da competitividade, da proporcionalidade e aos que lhes são correlatos.

 

§ 1º – O princípio do desenvolvimento sustentável será observado nas etapas do processo de contratação, em suas dimensões econômica, social, ambiental e cultural.

 

§ 2º – As normas disciplinadoras da licitação serão interpretadas em favor da ampliação da disputa entre os interessados, resguardados o interesse da administração, o princípio da isonomia, a finalidade e a segurança da contratação.

 

DEFINIÇÕES

 

Art. 3º. Para fins do disposto neste Decreto, considera-se:

 

I – aviso do edital – documento que contém:

 

a) a definição precisa, suficiente e clara do objeto;

 

b) a indicação dos locais, das datas e dos horários em que poderá ser lido ou obtido o edital; e

 

c) o endereço eletrônico no qual ocorrerá a sessão pública com a data e o horário de sua realização.

 

II – bens e serviços comuns – bens cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações reconhecidas e usuais do mercado;

 

III – bens e serviços especiais – bens que, por sua alta heterogeneidade ou complexidade técnica, não podem ser considerados bens e serviços comuns, nos termos do inciso II;

 

IV – estudo técnico preliminar – documento constitutivo da primeira etapa do planejamento de uma contratação, que caracteriza o interesse público envolvido e a melhor solução ao problema a ser resolvido e que, na hipótese de conclusão pela viabilidade da contratação, fundamenta o termo de referência;

 

V – lances intermediários – lances iguais ou superiores ao menor já ofertado, porém inferiores ao último lance dado pelo próprio proponente;

 

VI – obra – construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação de bem imóvel, realizada por execução direta ou indireta;

 

VII – serviço – atividade ou conjunto de atividades destinadas a obter determinada utilidade, intelectual ou material, de interesse da administração;

 

VIII – serviço comum de engenharia – atividade ou conjunto de atividades que necessitam da participação e do acompanhamento de profissional engenheiro habilitado, nos termos do disposto na Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pela administração, mediante especificações usuais de mercado;

 

IX – Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF – ferramenta informatizada, integrante da plataforma do Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais – SIASG, disponibilizada pelo Ministério da Economia, para cadastramento dos órgãos e das entidades da administração pública, das empresas públicas e dos participantes de procedimentos de licitação, dispensa ou inexigibilidade promovidos pelos órgãos e pelas entidades integrantes do Sistema de Serviços Gerais – SISG;

 

X – sistema de dispensa eletrônica – ferramenta informatizada para a realização dos processos de contratação direta de bens e serviços comuns, incluídos os serviços comuns de engenharia; e

 

 XI – termo de referência – documento elaborado com base nos estudos técnicos preliminares, que deverá conter:

 

a) os elementos que embasam a avaliação do custo pela administração pública, a partir dos padrões de desempenho e qualidade estabelecidos e das condições de entrega do objeto, com as seguintes informações:

 

a.1. a definição do objeto contratual e dos métodos para a sua execução, vedadas especificações excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, que limitem ou frustrem a competição ou a realização do certame;

 

a.2. o valor estimado do objeto da licitação demonstrado em planilhas, de acordo com o preço de mercado; e 3. o cronograma físico-financeiro, se necessário;

 

b) o critério de aceitação do objeto;

 

c) os deveres do contratado e do contratante;

 

d) a relação dos documentos essenciais à verificação da qualificação técnica e econômico-financeira, se necessária;

 

e) os procedimentos de fiscalização e gerenciamento do contrato ou da ata de registro de preços;

 

f) o prazo para execução do contrato; e

 

g) as sanções previstas de forma objetiva, suficiente e clara.

 

§ 1º – a classificação de bens e serviços como comuns depende de exame predominantemente fático e de natureza técnica.

 

§ 2º – os bens e serviços que envolverem o desenvolvimento de soluções específicas de natureza intelectual, científica e técnica, caso possam ser definidos nos termos do disposto no inciso II do caput, poderão ser licitados por pregão, na forma eletrônica.

 

VEDAÇÕES

 

Art. 4º. O pregão, na forma eletrônica, não se aplica a:

 

I – contratações de obras;

 

II – locações imobiliárias e alienações; e

 

III – bens e serviços especiais, incluídos os serviços de engenharia enquadrados no disposto no inciso III do caput do art. 3º.

 

CAPÍTULO II

DOS PROCEDIMENTOS

 

FORMA DE REALIZAÇÃO

 

Art. 5º. O pregão, na forma eletrônica, será realizado quando a disputa pelo fornecimento de bens ou pela contratação de serviços comuns ocorrer à distância e em sessão pública, por meio de sistema de compras eletrônico utilizado pelo município.

 

§ 1º – o sistema de que trata o caput será dotado de recursos de criptografia e de autenticação que garantam as condições de segurança nas etapas do certame.

 

§ 2º – na hipótese de que trata o § 1º do art. 1º, além do disposto no caput, poderão ser utilizados sistemas próprios ou outros sistemas disponíveis no mercado, desde que estejam integrados à plataforma de operacionalização das modalidades de transferências voluntárias.

 

ETAPAS

 

Art. 6º. A realização do pregão, na forma eletrônica, observará as seguintes etapas sucessivas:

 

I – planejamento da contratação;

 

II – publicação do aviso de edital;

 

III – apresentação de propostas e de documentos de habilitação;

 

IV – abertura da sessão pública e envio de lances, ou fase competitiva;

 

V – julgamento;

 

VI – habilitação;

 

VII – recursal;

 

VIII – adjudicação; e

 

IX – homologação.

 

CRITÉRIOS DE JULGAMENTO DAS PROPOSTAS

 

Art. 7º. Os critérios de julgamento empregados na seleção da proposta mais vantajosa para a administração serão os de menor preço ou maior desconto, conforme dispuser o edital.

 

Parágrafo único – serão fixados critérios objetivos para definição do melhor preço, considerados os prazos para a execução do contrato e do fornecimento, as especificações técnicas, os parâmetros mínimos de desempenho e de qualidade, as diretrizes do plano de gestão de logística sustentável e as demais condições estabelecidas no edital.

 

DOCUMENTAÇÃO

 

Art. 8º. O processo relativo ao pregão, na forma eletrônica, será instruído com os seguintes documentos, no mínimo:

 

I – estudo técnico preliminar, quando necessário;

 

II – termo de referência;

 

III – planilha estimativa de despesa;

 

IV – previsão dos recursos orçamentários necessários, com a indicação das rubricas, exceto na hipótese de pregão para registro de preços;

 

V – autorização de abertura da licitação;

 

VI – designação do pregoeiro e da equipe de apoio;

 

 

VII – edital e respectivos anexos;

 

VIII – minuta do termo do contrato, ou instrumento equivalente, ou minuta da ata de registro de preços, conforme o caso;

 

IX – parecer jurídico;

 

X – documentação exigida e apresentada para a habilitação;

 

XI- proposta de preços do licitante;

 

XII – ata da sessão pública, que conterá os seguintes registros, entre outros:

 

a) os proponentes participantes;

 

b) as propostas apresentadas;

 

c) os avisos, os esclarecimentos e as impugnações;

 

d) os lances ofertados, na ordem de classificação;

 

e) a suspensão e o reinício da sessão, se for o caso;

 

f) a aceitabilidade da proposta de preço;

 

g) a habilitação;

 

h) a decisão sobre o saneamento de erros ou falhas na proposta ou na documentação;

 

i) os recursos interpostos, as respectivas análises e as decisões; e

 

j) o resultado da licitação;

 

XIII – comprovantes das publicações:

 

a) do aviso do edital;

 

b) do extrato do contrato; e

 

c) dos demais atos cuja publicidade seja exigida; e

 

XIV – atos de adjudicação e homologação.

 

§ 1º – a instrução do processo licitatório poderá ser realizada por meio de sistema eletrônico, de modo que os atos e os documentos de que trata este artigo, constantes dos arquivos e registros digitais, serão válidos para todos os efeitos legais, inclusive para comprovação e prestação de contas.

 

§ 2º – a ata da sessão pública será disponibilizada na internet imediatamente após o seu encerramento, para acesso livre.

 

CAPÍTULO III

DO ACESSO AO SISTEMA ELETRÔNICO

 

CREDENCIAMENTO

 

Art. 9º. A autoridade competente do órgão ou da entidade promotora da licitação, o pregoeiro, os membros da equipe de apoio e os proponentes que participarem do pregão, na forma eletrônica, serão previamente credenciados, perante o provedor do sistema eletrônico.

 

§ 1º – o credenciamento para acesso ao sistema ocorrerá pela atribuição de chave de identificação e de senha pessoal e intransferível.

 

§ 2º – caberá à autoridade competente solicitar, junto ao provedor do sistema, o seu credenciamento, o do pregoeiro e o dos membros da equipe de apoio.

 

PROPONENTE

 

Art. 10. Na hipótese de pregão realizado na plataforma de compras do Governo Federal, o credenciamento do proponente e sua manutenção dependerão de registro prévio e atualizado no SICAF.

 

Art. 11. O credenciamento no SICAF permite a participação dos interessados em qualquer pregão, na forma eletrônica, exceto quando o seu cadastro no SICAF tenha sido inativado ou excluído por solicitação do credenciado ou por determinação legal.

 

CAPÍTULO IV

DA CONDUÇÃO DO PROCESSO

 

AUTORIDADE COMPETENTE

 

Art. 12. Caberá à autoridade competente ou à entidade promotora da licitação:

 

I – designar o pregoeiro e os membros da equipe de apoio;

 

II – indicar o provedor do sistema;

 

III – determinar a abertura do processo licitatório;

 

IV – decidir os recursos contra os atos do pregoeiro, quando este mantiver sua decisão;

 

V – adjudicar o objeto da licitação, quando houver recurso;

 

VI – homologar o resultado da licitação; e

 

VII – celebrar o contrato ou assinar a ata de registro de preços.

 

CAPÍTULO V

DO PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO

 

ORIENTAÇÕES GERAIS

 

Art. 13. No planejamento do pregão, na forma eletrônica, será observado o seguinte:

 

I – elaboração do estudo técnico preliminar e do termo de referência;

 

II – aprovação do estudo técnico preliminar e do termo de referência pela Unidade Requisitante;

 

III – elaboração do edital, que estabelecerá os critérios de julgamento e a aceitação das propostas, o modo de disputa e, quando necessário, o intervalo mínimo de diferença de valores ou de percentuais entre os lances, que incidirá tanto em relação aos lances intermediários quanto em relação ao lance que cobrir a melhor oferta;

 

IV – definição das exigências de habilitação, das sanções aplicáveis, dos prazos e das condições que, pelas suas particularidades, sejam consideradas relevantes para a celebração e a execução do contrato e o atendimento das necessidades da administração; e

 

V – designação do pregoeiro e de sua equipe de apoio. Valor estimado ou valor máximo aceitável.

 

Art. 14. O valor estimado ou o valor máximo aceitável para a contratação, se não constar expressamente do edital, possuirá caráter sigiloso e será disponibilizado exclusiva e permanentemente aos órgãos de controle externo e interno.

 

§ 1º – o caráter sigiloso do valor estimado ou do valor máximo aceitável para a contratação será fundamentado no § 3º do art. 7º da Lei Federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e no art. 20 do Decreto Federal nº 7.724, de 16 de maio de 2012.

 

§ 2º – para fins do disposto no caput, o valor estimado ou o valor máximo aceitável para a contratação será tornado público apenas e imediatamente após o encerramento do envio de lances, sem prejuízo da divulgação do detalhamento dos quantitativos e das demais informações necessárias à elaboração das propostas.

 

§ 3º – nas hipóteses em que for adotado o critério de julgamento pelo maior desconto, o valor estimado, o valor máximo aceitável ou o valor de referência para aplicação do desconto constará obrigatoriamente do instrumento convocatório.

 

DESIGNAÇÕES DO PREGOEIRO E DA EQUIPE DE APOIO

 

Art. 15. Caberá ao Prefeito designar servidores públicos para o desempenho das funções deste Decreto, observados os seguintes requisitos:

 

I – os pregoeiros serão servidores preferencialmente ocupantes de cargos efetivos e/ou em comissão da Administração; e

 

II – os membros da equipe de apoio serão, em sua maioria, servidores ocupantes de cargo efetivo;

 

 § 1º – a critério da autoridade competente, o pregoeiro e os membros da equipe de apoio poderão ser designados para uma licitação específica, para um período determinado, admitidas reconduções, ou por período indeterminado, permitida a revogação da designação a qualquer tempo.

 

§ 2º – os órgãos da administração pública municipal direta estabelecerão planos de capacitação que contenham iniciativas de treinamento para a formação e a atualização técnica de pregoeiros, membros da equipe de apoio e demais agentes encarregados da instrução do processo licitatório, a serem implementadas com base em gestão por competências.

 

DO PREGOEIRO

 

Art. 16. Caberá ao pregoeiro, em especial:

 

I – conduzir a sessão pública;

 

II – receber, examinar e decidir as impugnações e os pedidos de esclarecimentos ao edital e aos anexos, além de poder requisitar subsídios formais aos responsáveis pela elaboração desses documentos;

 

III – verificar a conformidade da proposta em relação aos requisitos estabelecidos no edital;

 

IV – coordenar a sessão pública e o envio de lances;

 

V – verificar e julgar as condições de habilitação;

 

VI – sanear erros ou falhas que não alterem a substância das propostas, dos documentos de habilitação e sua validade jurídica;

 

VII – receber, examinar e decidir os recursos e encaminhá-los à autoridade competente quando mantiver sua decisão;

 

VIII – indicar o vencedor do certame;

 

IX – adjudicar o objeto, quando não houver recurso;

 

X – conduzir os trabalhos da equipe de apoio; e

 

XI – encaminhar o processo devidamente instruído à autoridade competente e propor a sua homologação.

 

Parágrafo único – o pregoeiro poderá solicitar manifestação técnica da assessoria jurídica ou de outros setores da Administração, a fim de subsidiar sua decisão.

 

DA EQUIPE DE APOIO

 

Art. 17. Caberá à equipe de apoio auxiliar o pregoeiro nas etapas do processo licitatório.

 

DO PROPONENTE

 

Art. 18. Caberá ao proponente interessado em participar do pregão, na forma eletrônica:

 

I – credenciar-se junto ao sistema eletrônico utilizado no certame, ou na hipótese de que trata o §2º do art. 5º, credenciar-se previamente no SICAF;

 

II – remeter, no prazo estabelecido, exclusivamente via sistema, os documentos de habilitação e a proposta e, quando necessário, os documentos complementares;

 

III – responsabilizar-se formalmente pelas transações efetuadas em seu nome, assumir como firmes e verdadeiras suas propostas e seus lances, inclusive os atos praticados diretamente ou por seu representante, excluída a responsabilidade do provedor do sistema ou da Administração por eventuais danos decorrentes de uso indevido da senha, ainda que por terceiros;

 

IV – acompanhar as operações no sistema eletrônico durante o processo licitatório e responsabilizar-se pelo ônus decorrente da perda de negócios diante da inobservância de mensagens emitidas pelo sistema ou de sua desconexão;

 

V – comunicar imediatamente ao provedor do sistema qualquer acontecimento que possa comprometer o sigilo ou a inviabilidade do uso da senha, para imediato bloqueio de acesso;

 

VI – utilizar a chave de identificação e a senha de acesso para participar do pregão na forma eletrônica; e

 

VII – solicitar o cancelamento da chave de identificação ou da senha de acesso por interesse próprio.

 

CAPÍTULO VI

DA PUBLICAÇÃO DO AVISO DO EDITAL

 

PUBLICAÇÃO

 

 Art. 19. A fase externa do pregão, na forma eletrônica, será iniciada com a convocação dos interessados por meio da publicação do aviso do edital no Diário Oficial do Município e, nos casos previstos no § 2º do art. 1º, no Diário Oficial da União.

 

EDITAL

 

Art. 20. A íntegra do edital será disponibilizada no endereço eletrônico do Município.

 

Parágrafo único – na hipótese do § 1º do art. 1º, o edital também deverá ser disponibilizado no portal do sistema utilizado para realização do pregão.

 

 

MODIFICAÇÃO DO EDITAL

 

Art. 21. Modificações no edital serão divulgadas pelo mesmo instrumento de publicação utilizado para divulgação do texto original e o prazo inicialmente estabelecido será reaberto, exceto se, inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas, resguardado o tratamento isonômico aos proponentes.

 

ESCLARECIMENTOS

 

Art. 22. Os pedidos de esclarecimentos referentes ao processo licitatório serão enviados ao pregoeiro, até 3(três) dias úteis anteriores à data fixada para abertura da sessão pública, por meio eletrônico, na forma do edital.

 

§ 1º – o pregoeiro responderá aos pedidos de esclarecimentos no prazo de 2 (dois) dias úteis, contado da data de recebimento do pedido, e poderá requisitar subsídios formais aos responsáveis pela elaboração do edital e dos anexos, bem como da Unidade Requisitante.

 

§ 2º – as respostas aos pedidos de esclarecimentos serão divulgadas pelo sistema e vincularão os participantes e a Administração.

 

IMPUGNAÇÃO

 

Art. 23. Qualquer pessoa poderá impugnar os termos do edital do pregão, por meio eletrônico, na forma prevista no edital, até 3(três) dias úteis anteriores à data fixada para abertura da sessão pública.

 

§ 1º – a impugnação não possui efeito suspensivo e caberá ao pregoeiro, auxiliado pelos responsáveis pela elaboração do edital e dos anexos, decidir sobre a impugnação no prazo de 2(dois) dias úteis, contado da data de recebimento da impugnação.

 

§ 2º – a concessão de efeito suspensivo à impugnação é medida excepcional e deverá ser motivada pelo pregoeiro, nos autos do processo de licitação.

 

§ 3º – acolhida a impugnação contra o edital, será definida e publicada nova data para realização do certame, observada a previsão contida no art. 21.

 

 

CAPÍTULO VII

DA APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA E DOS DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO

 

PRAZO

 

Art. 24. O prazo fixado para a apresentação das propostas e dos documentos de habilitação não será inferior a 8 (oito) dias úteis, contado da data de publicação do aviso do edital.

 

APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA E DOS DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO PELOS PROPONENTES

 

Art. 25. Após a divulgação do edital no sítio eletrônico, os proponentes encaminharão, exclusivamente por meio do sistema, concomitantemente com os documentos de habilitação exigidos no edital, proposta com a descrição do objeto ofertado e o preço, até a data e o horário estabelecidos para abertura da sessão pública.

 

§ 1º – a etapa de que trata o caput será encerrada com a abertura da sessão pública.

 

§ 2º – os proponentes poderão deixar de apresentar os documentos de habilitação que constem do SICAF, quando utilizado o Sistema de Compras do Governo Federal;

 

§ 3º – será assegurado aos demais proponentes o direito de acesso aos dados constantes de quaisquer dos sistemas utilizados no certame.

 

§ 4º – o envio da proposta, acompanhada dos documentos de habilitação exigidos no edital, nos termos do disposto no caput, ocorrerá por meio de chave de acesso e senha.

 

§ 5º – o licitante declarará, em campo próprio do sistema, o cumprimento dos requisitos para a habilitação e a conformidade de sua proposta com as exigências do edital.

 

§ 6º – a falsidade da declaração de que trata o § 5º sujeitará o licitante às sanções previstas neste Decreto.

 

§ 7º – os proponentes poderão retirar ou substituir a proposta e os documentos de habilitação anteriormente inseridos no sistema, até a abertura da sessão pública.

 

§ 8º – na etapa de apresentação da proposta e dos documentos de habilitação pelo proponente, observado o disposto no caput, não haverá ordem de classificação das propostas, o que ocorrerá somente após os procedimentos de que trata o Capítulo IX.

 

§ 9º – os documentos que compõem a proposta e a habilitação do proponente melhor classificado somente serão disponibilizados para avaliação do pregoeiro e para acesso público após o encerramento do envio de lances.

 

§ 10 – os documentos complementares à proposta e à habilitação, quando necessários à confirmação daqueles exigidos no edital e já apresentados, serão encaminhados pelo proponente melhor classificado após o encerramento do envio de lances, observado o prazo de que trata o § 2º do art. 37.

 

CAPÍTULO VIII

DA ABERTURA DA SESSÃO PÚBLICA E DO ENVIO DE LANCES

 

HORÁRIO DE ABERTURA

 

 Art. 26. A partir do horário previsto no edital, a sessão pública na internet será aberta pelo pregoeiro com a utilização de sua chave de acesso e senha.

 

§ 1º – os proponentes poderão participar da sessão pública na internet, mediante a utilização de sua chave de acesso e senha.

 

§ 2º – o sistema disponibilizará campo próprio para troca de mensagens entre o pregoeiro e os proponentes.

 

CONFORMIDADE DAS PROPOSTAS

 

Art. 27. O pregoeiro verificará as propostas apresentadas e desclassificará aquelas que não estejam em conformidade com os requisitos estabelecidos no edital.

 

Parágrafo único – a desclassificação da proposta será fundamentada e registrada no sistema, acompanhada em tempo real por todos os participantes.

 

 

 

 

ORDENAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSTAS

 

Art. 28. O sistema ordenará automaticamente as propostas classificadas pelo pregoeiro.

 

Parágrafo único – somente as propostas classificadas pelo pregoeiro participarão da etapa de envio de lances.

 

INÍCIO DA FASE COMPETITIVA

 

Art. 29. Classificadas as propostas, o pregoeiro dará início à fase competitiva, oportunidade em que os proponentes poderão encaminhar lances exclusivamente por meio do sistema eletrônico.

 

§ 1º – o proponente será imediatamente informado do recebimento do lance e do valor consignado no registro.

 

§ 2º – os proponentes poderão oferecer lances sucessivos, observados o horário fixado para abertura da sessão pública e as regras estabelecidas no edital.

 

§ 3º – o proponente somente poderá oferecer valor inferior ou maior percentual de desconto ao último lance por ele ofertado e registrado pelo sistema, observado, quando houver, o intervalo mínimo de diferença de valores ou de percentuais entre os lances, que incidirá tanto em relação aos lances intermediários quanto em relação ao lance que cobrir a melhor oferta.

 

§ 4º – não serão aceitos dois ou mais lances iguais e prevalecerá aquele que for recebido e registrado primeiro.

 

§ 5º – durante a sessão pública, os proponentes serão informados, em tempo real, do valor do menor lance registrado, vedada a identificação do proponente.

 

 

MODOS DE DISPUTA

 

Art. 30. Serão adotados para o envio de lances no pregão eletrônico os seguintes modos de disputa:

 

I – aberto – os proponentes apresentarão lances públicos e sucessivos, com prorrogações, conforme o critério de julgamento adotado no edital; ou

 

II – aberto e fechado – os proponentes apresentarão lances públicos e sucessivos, com lance final e fechado, conforme o critério de julgamento adotado no edital.

 

Parágrafo único – no modo de disputa aberto, o edital preverá intervalo mínimo de diferença de valores ou de percentuais entre os lances, que incidirá tanto em relação aos lances intermediários quanto em relação ao lance que cobrir a melhor oferta.

 

MODO DE DISPUTA ABERTO

 

Art. 31. No modo de disputa aberto, de que trata o inciso I do caput do art. 30, a etapa de envio de lances na sessão pública durará dez minutos e, após isso, será prorrogada automaticamente pelo sistema quando houver lance ofertado nos últimos dois minutos do período de duração da sessão pública.

 

§ 1º – a prorrogação automática da etapa de envio de lances, de que trata o caput, será de dois minutos e ocorrerá sucessivamente sempre que houver lances enviados nesse período de prorrogação, inclusive quando se tratar de lances intermediários.

 

§ 2º – na hipótese de não haver novos lances na forma estabelecida no caput e no § 1º, a sessão pública será encerrada automaticamente.

 

§ 3º – encerrada a sessão pública sem prorrogação automática pelo sistema, nos termos do disposto no § 1º, o pregoeiro poderá, assessorado pela equipe de apoio, admitir o reinício da etapa de envio de lances, em prol da consecução do melhor preço disposto no parágrafo único do art. 7º, mediante justificativa.

 

 

MODO DE DISPUTA ABERTO E FECHADO

 

Art. 32. No modo de disputa aberto e fechado, de que trata o inciso II do caput do art. 30, a etapa de envio de lances da sessão pública terá duração de quinze minutos.

 

§ 1º – encerrado o prazo previsto no caput, o sistema encaminhará o aviso de fechamento iminente dos lances e, transcorrido o período de até dez minutos, aleatoriamente determinado, a recepção de lances será automaticamente encerrada.

 

§ 2º – encerrado o prazo de que trata o § 1º, o sistema abrirá a oportunidade para que o autor da oferta de valor mais baixo e os autores das ofertas com valores até 10%(dez por cento) superiores àquela possam ofertar um lance final e fechado em até cinco minutos, que será sigiloso até o encerramento deste prazo.

 

§ 3º – na ausência de, no mínimo, três ofertas nas condições de que trata o § 2º, os autores dos melhores lances subsequentes, na ordem de classificação, até o máximo de três, poderão oferecer um lance final e fechado em até cinco minutos, que será sigiloso até o encerramento do prazo.

 

§ 4º – encerrados os prazos estabelecidos nos § 2º e § 3º, o sistema ordenará os lances em ordem crescente de vantajosidade.

 

§ 5º – na ausência de lance final e fechado classificado nos termos dos § 2º e § 3º, haverá o reinício da etapa fechada para que os demais licitantes, até o máximo de três, na ordem de classificação, possam ofertar um lance final e fechado em até cinco minutos, que será sigiloso até o encerramento deste prazo, observado, após esta etapa, o disposto no § 4º.

 

§ 6º – na hipótese de não haver licitante classificado na etapa de lance fechado que atenda às exigências para habilitação, o pregoeiro poderá, auxiliado pela equipe de apoio, mediante justificativa, admitir o reinício da etapa fechada, nos termos do disposto no § 5º.

 

 

DESCONEXÃO DO SISTEMA NA ETAPA DE LANCES

 

Art. 33. Na hipótese de o sistema eletrônico desconectar para o pregoeiro no decorrer da etapa de envio de lances da sessão pública e permanecer acessível aos proponentes, os lances continuarão sendo recebidos, sem prejuízo dos atos realizados.

 

Art. 34. Quando a desconexão do sistema eletrônico para o pregoeiro persistir por tempo superior a 10 (dez) minutos, a sessão pública será suspensa e reiniciada somente decorridas vinte e quatro horas após a comunicação do fato aos participantes, no sítio eletrônico utilizado para divulgação.

 

CRITÉRIOS DE DESEMPATE

Art. 35. Após a etapa de envio de lances, haverá a aplicação dos critérios de desempate previstos nos art. 44 e art. 45 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, seguido da aplicação do critério estabelecido no § 2º do art. 3º da Lei nº 8.666, de 1993, se não houver proponente que atenda à primeira hipótese.

 

Art. 36. Os critérios de desempate serão aplicados nos termos do art. 35, caso não haja envio de lances após o início da fase competitiva. Parágrafo único. Na hipótese de persistir o empate, a proposta vencedora será sorteada pelo sistema eletrônico dentre as propostas empatadas.

 

CAPÍTULO IX

DO JULGAMENTO

 

NEGOCIAÇÃO DA PROPOSTA

 

Art. 37. Encerrada a etapa de envio de lances da sessão pública, o pregoeiro poderá encaminhar, pelo sistema eletrônico, contraproposta ao proponente que tenha apresentado o melhor preço, para que seja obtida melhor proposta, vedada a negociação em condições diferentes das previstas no edital.

 

§ 1º – a negociação será realizada por meio do sistema e poderá ser acompanhada pelos demais proponentes.

 

§ 2º – o instrumento convocatório deverá estabelecer prazo de, no mínimo, 2(duas) horas, contado da solicitação do pregoeiro no sistema, para envio da proposta e, se necessário, dos documentos complementares, adequada ao último lance ofertado após a negociação de que trata o caput.

 

JULGAMENTO DA PROPOSTA

 

Art. 38. Encerrada a etapa de negociação de que trata o art. 37, o pregoeiro examinará a proposta classificada em primeiro lugar quanto à adequação ao objeto e à compatibilidade do preço em relação ao máximo estipulado para contratação no edital, observado o disposto no parágrafo único do art. 7º e no § 10 do art. 25, e verificará a habilitação do licitante conforme disposições do edital, observado o disposto no Capítulo X.

 

CAPÍTULO X

DA HABILITAÇÃO

 

DOCUMENTAÇÃO OBRIGATÓRIA

 

Art. 39. Para habilitação dos proponentes, será exigida, exclusivamente, a documentação relativa:

 

I – à habilitação jurídica;

 

II – à qualificação técnica;

 

III – à qualificação econômico-financeira;

 

IV – à regularidade fiscal e trabalhista;

 

V – à regularidade fiscal perante as Fazendas Públicas federal, estadual e municipal; e

 

VI – ao cumprimento do disposto no inciso XXXIII do caput do art. 7º da Constituição e no inciso XVIII do caput do art. 78 da Lei nº 8.666, de 1993.

 

Parágrafo único – a documentação exigida para atender ao disposto nos incisos do caput poderá ser substituída, no que couber, pelo registro cadastral no SICAF quando utilizado o Sistema de Compras do Governo Federal.

 

Art. 40. Quando permitida a participação de empresas estrangeiras na licitação, as exigências de habilitação serão atendidas mediante documentos equivalentes, inicialmente apresentados com tradução livre.

 

Parágrafo único. Na hipótese de o proponente vencedor ser estrangeiro, para fins de assinatura do contrato ou da ata de registro de preços, os documentos de que trata o caput serão traduzidos por tradutor juramentado no País e apostilados nos termos do disposto no Decreto Federal n. 8.660, de 29 de janeiro de 2016, ou de outro que venha a substituí-lo, ou consularizados pelos respectivos consulados ou embaixadas.

 

Art. 41. Quando permitida a participação de consórcio de empresas, serão exigidas:

I – a comprovação da existência de compromisso público ou particular de constituição de consórcio, com indicação da empresa líder, que atenderá às condições de liderança estabelecidas no edital e representará as consorciadas perante o Município;

 

II – a apresentação da documentação de habilitação especificada no edital por empresa consorciada;

 

III – a comprovação da capacidade técnica do consórcio pelo somatório dos quantitativos de cada empresa consorciada, na forma estabelecida no edital;

 

IV – a demonstração, por cada empresa consorciada, do atendimento aos índices contábeis definidos no edital, para fins de qualificação econômico-financeira;

 

V – a responsabilidade solidária das empresas consorciadas pelas obrigações do consórcio, nas etapas da licitação e durante a vigência do contrato;

 

VI – a obrigatoriedade de liderança por empresa brasileira no consórcio formado por empresas brasileiras e estrangeiras, observado o disposto no inciso I; e

 

VII – a constituição e o registro do consórcio antes da celebração do contrato.

 

Parágrafo único. Fica vedada a participação de empresa consorciada, na mesma licitação, por meio de mais de um consórcio ou isoladamente.

 

 

PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO

 

Art. 42. A habilitação dos proponentes poderá ser verificada por meio do SICAF, nos documentos por eles abrangidos.

 

§ 1º – os documentos exigidos para habilitação que não estejam contemplados no SICAF serão enviados nos termos do disposto no art. 25.

 

§ 2º – na hipótese de necessidade de envio de documentos complementares após o julgamento da proposta, os documentos deverão ser apresentados em formato digital, via sistema, no prazo definido no edital, após solicitação do pregoeiro no sistema eletrônico, observado o prazo disposto no § 2º do art. 37.

 

§ 3º – a verificação pelo órgão ou entidade promotora da licitação nos sítios eletrônicos oficiais de órgãos e entidades emissores de certidões constitui meio legal de prova, para fins de habilitação.

 

§ 4º – na hipótese de a proposta vencedora não for aceitável ou o proponente não atender às exigências para habilitação, o pregoeiro examinará a proposta subsequente e assim sucessivamente, na ordem de classificação, até a apuração de uma proposta que atenda ao edital.

 

§ 5º – na hipótese de contratação de serviços comuns em que a legislação ou o edital exija apresentação de planilha de composição de preços, esta deverá ser encaminhada exclusivamente via sistema, no prazo fixado no edital, com os respectivos valores readequados ao lance vencedor.

 

§ 6º – no pregão, na forma eletrônica, realizado para o sistema de registro de preços, quando a proposta do proponente vencedor não atender ao quantitativo total estimado para a contratação, poderá ser convocada a quantidade de proponentes necessária para alcançar o total estimado, respeitada a ordem de classificação, observado o preço da proposta vencedora, precedida de posterior habilitação, nos termos do disposto no Capítulo X.

 

§ 7º – constatado o atendimento às exigências estabelecidas no edital, o proponente será declarado vencedor.

 

 

CAPÍTULO XI

DO RECURSO

 

INTENÇÃO DE RECORRER E PRAZO PARA RECURSO

 

Art. 43. Declarado o vencedor, qualquer proponente poderá, durante o prazo concedido na sessão pública, de forma imediata, em campo próprio do sistema, manifestar sua intenção de recorrer.

 

§ 1º – as razões do recurso de que trata o caput deverão ser apresentadas no prazo de 3(três) dias.

 

§ 2º – os demais proponentes ficarão intimados para, se desejarem, apresentar suas contrarrazões, no prazo de 3(três) dias, contado da data final do prazo do recorrente, assegurada vista imediata dos elementos indispensáveis à defesa dos seus interesses.

 

§ 3º – a ausência de manifestação imediata e motivada do proponente quanto à intenção de recorrer, nos termos do disposto no caput, importará na decadência desse direito e, o pregoeiro estará autorizado a adjudicar o objeto ao proponente declarado vencedor.

 

§ 4º – o acolhimento do recurso importará na invalidação apenas dos atos que não podem ser aproveitados.

 

CAPÍTULO XII

DA ADJUDICAÇÃO E DA HOMOLOGAÇÃO

 

AUTORIDADE COMPETENTE

 

Art. 44. Decididos os recursos e constatada a regularidade dos atos praticados, a autoridade competente adjudicará o objeto e homologará o procedimento licitatório, nos termos do disposto no inciso V do caput do art. 12.

 

PREGOEIRO

 

Art. 45. Na ausência de recurso, caberá ao pregoeiro adjudicar o objeto e encaminhar o processo devidamente instruído à autoridade superior e propor a homologação, nos termos do disposto no inciso IX do caput do art. 16.

 

CAPÍTULO XIII

DO SANEAMENTO DA PROPOSTA E DA HABILITAÇÃO

 

ERROS OU FALHAS

 

Art. 46. O pregoeiro poderá, no julgamento da habilitação e das propostas, sanar erros ou falhas que não alterem a substância das propostas, dos documentos e sua validade jurídica, mediante decisão fundamentada, registrada em ata e acessível aos licitantes, e lhes atribuirá validade e eficácia para fins de habilitação e classificação.

 

 Parágrafo único – na hipótese de necessidade de suspensão da sessão pública para a realização de diligências, com vistas ao saneamento de que trata o caput, a sessão pública somente poderá ser reiniciada mediante aviso prévio no sistema com, no mínimo, vinte e quatro horas de antecedência, e a ocorrência será registrada em ata.

 

CAPÍTULO XIV

DA CONTRATAÇÃO

 

ASSINATURA DO CONTRATO OU DA ATA DE REGISTRO DE PREÇOS

 

Art. 47. Após a homologação, o adjudicatário será convocado para assinar o contrato ou a ata de registro de preços no prazo estabelecido no edital.

 

§ 1º – na assinatura do contrato ou da ata de registro de preços, será exigida a comprovação das condições de habilitação consignadas no edital, que deverão ser mantidas pelo licitante durante a vigência do contrato ou da ata de registro de preços.

 

§ 2º – na hipótese de o vencedor da licitação não comprovar as condições de habilitação consignadas no edital ou se recusar a assinar o contrato ou a ata de registro de preços, outro proponente poderá ser convocado, respeitada a ordem de classificação, para, após a comprovação dos requisitos para habilitação, analisada a proposta e eventuais documentos complementares e, feita a negociação, assinar o contrato ou a ata de registro de preços, sem prejuízo da aplicação das sanções de que trata o art. 48.

 

§ 3º – o prazo de validade das propostas será de 60 (sessenta) dias, permitida a fixação de prazo diverso no edital.

 

CAPÍTULO XV

DA SANÇÃO

 

IMPEDIMENTO DE LICITAR E CONTRATAR

 

Art. 48. Ficará impedido de licitar e de contratar com o Município pelo prazo de até 2 (dois) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais, garantido o direito à ampla defesa, o proponente que, convocado dentro do prazo de validade de sua proposta:

 

I – não assinar o contrato ou a ata de registro de preços;

 

II – não entregar a documentação exigida no edital;

 

III – apresentar documentação falsa;

 

IV – causar o atraso na execução do objeto;

 

V – não mantiver a proposta;

 

VI – falhar na execução do contrato;

 

VII – fraudar a execução do contrato;

 

VIII – comportar-se de modo inidôneo;

 

IX – declarar informações falsas; e

 

X – cometer fraude fiscal.

 

Parágrafo único – as sanções serão registradas no cadastro próprio administrado pelo município.

 

CAPÍTULO XVI

DA REVOGAÇÃO E DA ANULAÇÃO

 

REVOGAÇÃO E ANULAÇÃO

 

Art. 49. A autoridade competente para homologar o procedimento licitatório de que trata este Decreto poderá revogá-lo somente em razão do interesse público, por motivo de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar a revogação, e deverá anulá-lo por ilegalidade, de ofício ou por provocação de qualquer pessoa, por meio de ato escrito e fundamentado.

 

Parágrafo único – os proponentes não terão direito à indenização em decorrência da anulação do procedimento licitatório, ressalvado o direito do contratado de boa-fé ao ressarcimento dos encargos que tiver suportado no cumprimento do contrato.

 

CAPÍTULO XVII

DO SISTEMA DE DISPENSA ELETRÔNICA

 

APLICAÇÃO

 

Art. 50. O Município poderá adotar o sistema de dispensa eletrônica nas seguintes hipóteses:

 

I – contratação de serviços comuns de engenharia, nos termos do disposto no inciso I do caput do art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993;

 

II – aquisição de bens e contratação de serviços comuns, nos termos do disposto no inciso II do caput do art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993; e

 

III – aquisição de bens e contratação de serviços comuns, incluídos os serviços comuns de engenharia, nos termos do disposto no inciso III e seguintes do caput do art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993, quando cabível.

 

§ 1º – será obrigatória a utilização da dispensa eletrônica quando do recebimento de transferências voluntárias oriundas de convênios e contratos de repasses firmados com a União.

 

§ 2º – fica vedada a utilização do sistema de dispensa eletrônica nas hipóteses de que trata o art. 4º.

 

CAPÍTULO XVIII

DISPOSIÇÕES FINAIS

 

ORIENTAÇÕES GERAIS

 

Art. 51. Os horários estabelecidos no edital, no aviso e durante a sessão pública observarão o horário de Brasília, Distrito Federal, inclusive para contagem de tempo e registro no sistema eletrônico e na documentação relativa ao certame.

 

Art. 52. Os participantes de licitação na modalidade de pregão, na forma eletrônica, têm direito público subjetivo à fiel observância do procedimento estabelecido neste Decreto e qualquer interessado poderá acompanhar o seu desenvolvimento em tempo real, por meio da internet.

 

Art. 53. As propostas que contenham a descrição do objeto, o valor e os documentos complementares estarão disponíveis na internet, após a homologação.

 

Art. 54. Os arquivos e os registros digitais relativos ao processo licitatório permanecerão à disposição dos órgãos de controle interno e externo.

 

VIGÊNCIA

 

Art. 55. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

 

Art. 56. Revogam-se às disposições em contrário

 

Ouro Verde – SC, em 09 de agosto de 2021.

 

MOACIR MOTTIN – Prefeito Municipal

 

Este Decreto foi registrado e publicado em data supra.

 

GIOVANA DO PRADO DA MOTTA – Vice-Prefeita Municipal